Em O Mandarim, de Eça de Queiroz, Teodoro dizia que “a China tem encantos de um raro gosto” e descrevia assim os chineses: «amor dos cerimoniais meticulosos, o respeito burocrático das fórmulas, uma ponta de cepticismo letrado e também um abjecto terror do imperador, o ódio ao estrangeiro, o culto dos antepassados, o fanatismo da tradição, o gosto das coisas açucaradas».
Hoje os chineses continuam a cumprir cerimoniais rigorosos, a respeitar as fórmulas, a cultivar os antepassados e a conservar tradições milenares. O protocolo de negócios com chineses é, por isso, rigoroso: a delegação visitante deve entrar a sala precedida pelo chefe da delegação, que começa por cumprimentar o seu congénere. O critério é a hierarquia e a fila de cumprimentos é alinhada a partir do líder. O chefe da delegação costuma ficar sentado no topo da mesa virado para a porta. Todos os lugares na mesa devem estar assinalados com os nomes e os cargos e as mulheres têm estatuto igual ao dos homens com o mesmo estatuto hierárquico.